quinta-feira, 28 de junho de 2012

Relato Reunião do dia 13/06


No dia 13 de Junho realizamos mais uma reunião do nosso Grupo de Pesquisa na DAPE/UDESC no centro de Florianópolis/SC. Nesta retomamos a discussão do livro “Cultura da Convergência” do autor Henry Jenkins da editora Aleph, com a apresentação dos capítulos 4 e 5, pelos integrantes Ana Boss e Onoél Neves respectivamente.
Iniciamos com a discussão do Cap. 4 intitulado “Guerra nas estrelas por Quentin Tarantino”.  A Ana começou apresentando o diretor Quentin Tarantino, seus trabalhos e a sua visão diferente da maioria dos filmes Hollywoodianos.
De forma bem criativa e divertida a Ana nos trouxe uma apresentação bem sintética para que pudéssemos compreender e discutir os principais conceitos que o autor trás neste capítulo.
Conceitos como cultura tradicional, cultura de massa e cultura da convergência foram bem trabalhados através do debate sobre a trilogia “Star Wars” de George Lucas. Diretor e criador desta história intergaláctica que já nos anos 70 teve a compreensão que poderia lucrar muito mais com a sua história do que apenas com os lucros do filme em si. Lucas abriu mão da renda dos filmes a favor de obter os lucros com os produtos gerados por sua história (bonecos, espadas, etc.).
Assim como também investiu na criatividade alternativa de seus fãs, possibilitando que estes pudessem criar releituras de seu filme e postar no seu site oficial. O próprio Lucas criou competições entre os fãs e premiações, desta forma abrindo a sua história para a intervenção e criatividade de seus fãs, que também se tornaram produtores e diretores. Jenkins afirma que George Lucas seria um propulsor da Cultura da Convergência. Debatendo também que ao mesmo tempo em que ele abre a possibilidade dos fãs participarem também cria uma forma de controlar estas produções, uma vez que só participa das competições quem posta no seu site os vídeos.
Após esta primeira parte da apresentação, entramos na discussão sobre a pirataria, sobre a divulgação de filmes ou demais mídias pela rede antes mesmo da sua estreia oficial. Isto seria um crime ou uma forma de divulgação? Muitas vezes esta forma de divulgação se torna uma estratégia de marketing dos produtores.

(Vídeo “Copiar não é roubar”: http://www.youtube.com/watch?v=R1QnXJYT9ao)

Refletimos também sobre a força da palavra Convergência – um mesmo produto acaba sendo consumido por diferentes mídias. Como também são estabelecidas vias de mão dupla entre as diferentes mídias, que se ajudam para o crescimento de consumidores.
A participante do grupo Claudia Teixeira nos trouxe a discussão: E a educação? E a convergência de conhecimentos em sala de aula? O professor deve ter uma postura de estar aberto para as ideias e conhecimentos dos alunos/as, para colaborar com estes e estar preparado para mudar a sua prática de acordo com as necessidades dos/as alunos/as. Assim como repensar que não podemos mais fugir da produção em grupo, que cada vez mais a aprendizagem colaborativa está presente no processo de ensino-aprendizagem.
Finalizada a apresentação da Ana, o Onoél iniciou a discussão sobre o capítulo 5 “Porque Heather pode escrever”, onde a principal temática é o letramento midiático (ir além do saber ler e escrever).
O Onoél nos alertou como o autor é bastante crítico em relação à educação e o papel da escola e do professor, mostrando a distância entre os interesses e formas atuais de aprendizagem das crianças e a didática em sala de aula. 
Também com uma apresentação dinâmica Onoél nos trouxe um vídeo do próprio Henry Jenkis falando sobre educação:


E novamente a discussão do livro nos levou ao debate sobre o trabalho do professor, uma vez que os próprios alunos/as já estão fazendo a convergência, como a escola está lidando com esta situação?! É latente que o trabalho do professor esteja vinculado a uma colaboração intensa com seus alunos e seus interesses (como os livros do Harry Potter, por exemplo).
Este capítulo também nos trouxe outra reflexão e também dificuldade: como consumir as mídias? As culturas de massas são muito fortes e muitas vezes nos tornamos consumidores acríticos. Por isso o professor antes de fazer um trabalho sobre a criticidade no uso das tecnologias deve também fazer isso para si. Saber o que usar e como usar com seus alunos, apenas trazer novidades e diferentes mídias não é suficiente.
Esta foi mais uma tarde prazerosa e nos trouxe muitas discussões e reflexões importantes.
A próxima reunião ficou agendada para o dia 04/07, com a possibilidade de ser realizada no ENA, para a participação de uma Videoconferência com professores de Minas Gerais.

Sugestões do Dia:
Livro “Internet: e depois?” de Dominique Wolton
Vídeos da Fundación Telefônica – muitos estão no YouTube

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Capítulo 2 - Entrando no jogo do American Idol - do Livro Cultura da Convergência

Segue a apresentação sobre o capítulo 2  do livro "Cultura da Convergência" de Henry  Jenkins
Entrando no jogo do American Idol
Apresentação de Claudia Losso 





























Alterações no cronograma

Seguem as alterações do cronograma para os últimos encontros

dia 13/06 - Capitulo 4  e 5 - Ana e Onoel
                 Pesquisa - Simone - Avaliação da aprendizagem online

dia 20/06 - Capitulo 6 e Conclusão - Kamila e Rejane
                 Posfacio - Silviane
                 Pesquisa - em aberto

dia 04/07 - Desenhos animados na educação infantil - Kamila
                 Do giz à era digital - Tatiane

Aprender com projetos: metodologia de projeto de trabalho aplicada ao uso dos laptops educacionais em três escolas da Grande Florianópolis


  Apresentação do projeto de mestrado de Tatiane Rousseau
Aprender com projetos: metodologia de projeto de trabalho aplicada ao uso dos laptops educacionais em três escolas da Grande Florianópolis”
  • Tatiane diz que tudo teve início com uma série de questionamentos sobre o PROUCA (Programa Um Computador por Aluno)1.
  • A partir das perguntas, decidiu juntamente com sua professora orientadora Martha K. Borges, por pesquisar Projetos de trabalho no PROUCA e a construção do conhecimento científico.
  • Silviane pergunta se o PROUCA está ligado à metodologia por projetos e Tatiane diz que não, cada professor adota sua própria metodologia.
  • A revisão teórica no projeto girará em torno dos termos: “projetos de trabalho” e “conhecimento científico”.
  • Maria Conceição fala de sua experiência, já em 1992, como professora com a metodologia de projetos. Coloca, inclusive, os projetos daquela época, à disposição de Tatiane. Maria Conceição diz ainda que, hoje, como professora de graduação em Pedagogia, trabalha com oficinas e afirma que é importante o resgate da ludicidade nos adultos.
  • Kamila complementa: sobretudo nos adultos que se tornarão professores.
  • Vários participantes indicam materiais para leitura no que se refere aos termos (já mencionados acima) que nortearão a pesquisa de Tatiane.
  • Tatiane fala das dificuldades em elaborar os materiais de coleta de dados e a Profª Martha a convida a apresentar seu roteiro de entrevista e de observação (que estão em processo de construção) para que o grupo opinasse. Foi um momento de grande troca sobre metodologias de pesquisa.
1 O Programa Um Computador por Aluno - PROUCA, tem como objetivo ser um projeto Educacional utilizando tecnologia, inclusão digital e adensamento da cadeia produtiva comercial no Brasil. Para maiores informações sobre o PROUCA, acesse o site: http://www.uca.gov.br/institucional/index.jsp

capitulo 3 - Em busca do unicórnio de origami - livro “Cultura da Convergência” de Henry Jenkins


Capítulo 3 – “Em busca do unicórnio de origami” (capítulo apresentado por Thales)

  • O que o autor quer dizer com “unicórnio de origami”?

A partir da leitura, Thales explica que é uma analogia que o autor faz para se referir a uma informação que pode modificar a interpretação do consumidor sobre o produto.

  • Thales segue apresentando e explicando também os seguintes aspectos:

UNIVERSO TRANSMIDIÁTICO
(exemplos: Matrix, World of Warcraft, Star Wars) – no livro o autor se detém mais no exemplo do filme Matrix para explicar o que seria o universo transmidiático. Importante: não se deve confundir transmídia com multimídia: a primeira se refere a todas as plataformas/mídias/materiais pensadas, desde o início, para dar continuidade ao conteúdo da plataforma inicial; a segunda se refere às outras plataformas/materiais/mídias criadas com o mesmo conteúdo/enredo.
DIVERSAS MÍDIAS
(filme, jogos, livros, revistas, gibis, séries, bonecos, brinquedos etc. são pensados, desde o início, para dar continuidade ao enredo da plataforma inicial).
COCRIAÇÃO
(todo material sobre o filme - neste caso, utilizando o exemplo de Matrix, no qual o filme foi a plataforma inicial - é concebido desde o princípio para várias plataformas; é pensado para ter continuidade; não é merchandising)
HISTÓRIA NÃO LINEAR
(em cada plataforma, a história tem início, meio e fim; todas as plataformas fazem menção ao conteúdo da plataforma inicial, ou seja, quem assistiu o filme A vai ter condições de entender (a seu modo) os filmes B e C e as demais plataformas (jogos, livros etc.) como um todo e, caso queira saber mais sobre um ou outro detalhe, poderá acessar as demais plataformas em busca de maiores informações)
DETALHES E CONEXÕES
(são detalhes postos nas plataformas que ajudam a fazer conexões com as referências/ enredo de outras plataformas)
PERMITE MÚLTIPLAS INTERPRETAÇÕES



  • Discussão pós-apresentação:

  1. Gilmar levanta uma questão: O Matrix não poderia ser comparado ao filme “Origem” (Inception)1? Fica aí, algo a se refletir...
  2. Partindo dos comentários que seguiram à provocação de Gilmar, como o de Kamila, por exemplo: “Eu não estava preparada para entender o filme quando assisti. Eu teria que ver de novo.” Maria Conceição, diz que a discussão em torno do filme Matrix está voltada às ferramentas intelectuais que dispomos.
  3. Profª Martha continua: As ferramentas intelectuais e psicológicas dos alunos e nossas próprias são diferentes, o que lança um grande desafio aos professores e à escola como um todo: como lidar com esses diferentes jeitos de pensar e entender as coisas?
  4. Para Kamila é importante que se entenda também que as ferramentas intelectuais e psicológicas estão ligadas aos bens culturais e às referências a que as pessoas têm acesso em seu contexto de vida e que, portanto, são construídas e reconstruídas ao longo de suas vidas.
  5. Como mais um convite à reflexão, Maria Conceição traz a citação de Immanuel Kant: "Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar”.
1 Sinopse: 'A Origem' acompanha uma aventura de ficção cientifica que acontece dentro da arquitetura da mente. Cobb (Leonardo DiCaprio) é um ladrão habilidoso, o melhor de sua geração, que extrai segredos valiosos das profundezas do inconsciente durante o sono com sonhos, quando a mente está mais vulnerável. Sua rara habilidade o tornou peça fundamental no traiçoeiro mundo da espionagem industrial, mas também o tornou um fugitivo internacional e o fez perder tudo o que mais amava. Pela primeira vez, Cobb tem sua chance de se redimir, em um último trabalho que pode dar-lhe sua vida de volta se ele conseguir o impossível: ao invés de roubar informações da mente, ele terá de criar novas. Cobb e sua equipe terão de plantar um pensamento. Se eles conseguirem, será o crime perfeito. Informações disponíveis em: http://www.cinemenu.com.br/filmes/a-origem-2010. O trailer do filme pode ser acessado em http://www.youtube.com/watch?v=m9TAv-04qSs.

Turma do GP Educaciber

Encontro - 23 de maio de 2012


Da esquerda para a direita: Roberta, Daniele (?), Kamila, Silviane, Cristiana, Thales, Rejane, (?), Gilmar, Tatiane, Profª Martha, Onoél e Maria Conceição.