O uso de dispositivos móveis pela educação é um tema provocador e inquietante e que ainda encontra resistências pelos educadores de forma geral. Em pesquisa feita em 2009, em um escola pública, a professora Marta percebeu que o uso de celulares era intenso, mesmo por alunos que não possuíam muitos recursos financeiros. Os professores, sem entender esse fenômeno como algo que pode ser utilizado para fins pedagógicos, se apressam em recolher os equipamentos dos alunos antes do início das aulas, para evitar a “dispersão” .
Na sua proposta, a professora Marta desenvolveu um game para celulares com conteúdo pedagógico, no qual os alunos de sexta série de uma escola pública eram convidados a jogar. O jogo de múltiplas respostas foi facilmente assimilado e compartilhado até mesmo na hora do intervalo. Ao propor uma atividade avaliativa do mesmo conteúdo do jogo, percebeu-se um aproveitamento maior por parte dos jogadores com resultados positivos.
Marta destacou a importância da formação dos professores para o uso de tecnologias como algo imprescindível na sociedade digital e para acompanhar a nova geração de jovens, a geração Y. Também foi salientada a importância de uma equipe interdisciplinar para a elaboração dos jogos, desde a concepção do design quanto ao conteúdo.
O conceito mobile learning, como uma aprendizagem a partir de dispositivos móveis, vem dando lugar ao conceito de blended learning, com a hibridização dos dispositivos, focando também a perspectiva das convergências das mídias como um fenômeno inevitável.
